sexta-feira, 7 de março de 2008

O que a Visão não viu - 12 de Janeiro


A Visão não viu. Nós não imaginámos. Mas vimos e sentimos.

Não sabemos, ainda, quantos Amigos responderam ao apelo do "Empurrão". O certo é que sempre que os contamos, pelas fotos, percebemos que falta sempre alguém, que nos lembramos de ter visto e falado nessa manhã... e recebemos muitas fotos tiradas por outras máquinas que não a nossa e sabemos que ainda há mais!...

Pela força com que fomos "lançados" de Lisboa, deu logo para perceber que chegaríamos a Bamako! Lembro-me de comentar com o Sérgio - "...vamos lembrar-nos deste empurrão sempre que atolarmos na areia..."



Mas mais que força para empurrar, mais que vontade de acordar cedo, mais que vontade em testemunhar e apoiar a nossa partida, esta gente trouxe um ambiente geral de festa que se sentiu e contagiou todos os que estavam junto à Torre de Belém naquela manhã...
Nunca tínhamos sido alvo de tantas objectivas... neste momento realizámos o nosso feito... já não havia saída... só um destino - BAMAKO!

Entretanto, a polícia apareceu... quando vi o carro da PSP, julguei que teríamos de abandonar a Torre de Belém e sair rapidinho... mas a multidão presente deve tê-los assustado, deram meia volta! Voltaram mais duas vezes, mas repetiram a coreografia.

Faltava o discurso. Com o cansaço e o entusiasmo da partida, descurei o momento de dedicar umas palavrinhas que confiava saírem de forma natural... mas não esperava ter tanta gente à frente dos olhos... a garganta secou, e saiu-me a frase cliché - "não tenho palavras, para descrever..." e com esta magnifica prosa, senti que não havia mais nada a fazer senão o que devia ser feito - ir embora!




Tivemos direito a escolta! Fomos seguidos até Setúbal por alguns Amigos, que fizeram questão em acompanhar-nos durante alguns quilómetros... talvez estivessem desconfiados que a mecânica não aguentasse e pudessem ser os primeiros a ajudar.





Os que não puderam estar presentes, telefonaram. Os que não telefonaram, estavam mais à frente, na estrada, e tiraram-nos fotos à passagem da ponte do Feijó. Um verdadeiro Dakar, à proporção do número de participantes, claro!
E as semelhanças entre todas estas fotos? Os sorrisos!
Parámos na 1ª estação de serviço para atestar o depósito. O último depósito em Portugal. O mais caro de toda a viagem.
Próxima paragem: Pechão. Já com um atraso de 45 minutos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Depois de Bamako que tal um trajecto mais radical?
Lisboa-Timbuktu-Bamako
http://www.crazyportuguese.com